sábado, 17 de novembro de 2018

Quais são os seus valores e até que ponto vive de acordo com eles?



Olá! Depois de muito tempo afastada do cantinho hoje veio a ideia de escrever um pouco sobre Valores (entenda-se Princípios pessoais/Valores humanos). Sinceramente decidi falar sobre isto porque descobri a importância que os valores tem na nossa vida.
Mas já agora, o que são esses tais valores? Vamos descascar este assunto de forma bem simples e espero que também seja prática.

Valores são definidos como aquilo que para nós é mais importante, o que valorizamos. Cada um de nós tem áreas que considera mais importantes na sua vida e em cada área tem algo que valoriza mais, aquilo que tem que estar presente para que se sinta completo nessa determinada área.


São os valores que nos movem em direção a algo ou nos afastam de algo (quando não é congruente). Sendo assim, os nossos valores podem servir como critérios para identificarmos o que nos traz dor ou prazer. 

Eles são um filtro na nossa avaliação das situações. Criamos as nossas percepções do mundo tendo em conta os nossos valores maioritariamente, mas também de acordo com crenças e vivências (assunto para outro post). 

São os valores que nos motivam a seguir em frente, a lutar pelos nossos objectivos, afinal, queremos viver, sentir, ter, aquilo que é mais importante para nós, aquilo que mais valorizamos. 

Quando uma determinada área da nossa vida transmite-nos aquilo que mais valorizamos, sentimo-nos bem nessa área, e o contrário é igualmente válido, quando vivemos sem estar de acordo com os nossos valores não nos sentimos plenos, fica sempre um sentimento de falta, ou uma tristeza, uma angústia, ou seja, sentimos dor e criamos sofrimento.


Podemos assim dizer que eles são os princípios intrínsecos fundamentais de cada indivíduo. Daí a importância de viver consoante os nossos valores, a nossa bússula interna, parte crucial da nossa verdade.

Infelizmente nem todos conhecem os seus princípios intrínsecos, nem todos tem consciência daquilo que mais valorizam na vida e acabam fazendo escolhas aleatoriamente ou com base em valores de outras pessoas. 

Mas ok, vamos a parte prática da questão: Como podemos conhecer os nossos valores?

Existem ferramentas simples de Coaching com PNL que permitem investigar os valores, entretanto não irei abordar neste post. Podemos recorrer a perguntas super simples como: 
 - O que mais valorizo nas diferentes áreas da minha vida?
 - O que é mais importante para mim nessas áreas?
 - O que não pode faltar? O que a torna ideal?

São alguns exemplos de perguntas que pode fazer a si mesmo para identificar os seus valores. Após identifica-los pergunte-se se está a viver de acordo com eles. Até que ponto vive os seus valores? Poderá surpreender-se! :)

Sinceramente porque trouxe este tema hoje?

Já identifiquei os meus 5 valores principais (tinham que ser de preferência 3, mas não consegui filtrar mais kkkk) e ontem estive a avaliar até que ponto vivia de acordo com eles. Estive a avaliar o quanto cada área da minha vida me estava a proporcionar a vivência desses valores. Depois avaliei as minhas escolhas tendo em conta os valores que cada uma me proporciona para ver qual delas me proporciona os meus 5 valores principais (ou a maior parte deles). É um exercício bastante interessante principalmente quando estamos a considerar uma mudança na nossa vida. 

Outra coisa interessante é avaliar até que ponto EU irradio esses valores, essa Verdade nas diferentes áreas da minha vida. Até que ponto SOU esses valores, isso que valorizo. Por exemplo, um dos meus valores é alegria, tenho que estar num ambiente alegre para sentir-me realmente bem. Até que ponto SOU alegria nas diferentes áreas da minha vida? Até que ponto irradio alegria?  
Não podemos esquecer que os nossos valores são parte de nós, SOMOS os nossos valores e temos o dever de vivê-los. 

É engraçado que quando estamos num ambiente que nos oprime, nos impede de viver esses valores, sentimo-nos sufocados e o nosso lado criativo, motivado, grato, "positivo" fica comprometido, entramos no modo stress e tudo descamba quanto mais prolongada for essa exposição. Daí ser muito importante a evicção desses ambientes e também a autoafirmação e confiança naquilo que somos, na nossa verdade, respeitando sempre a verdade dos outros.

Em 2015, quando tomei a decisão de viver fora do país, sem perceber, fui guiada pelos meus valores. O que estava a acontecer é que em certas áreas da minha vida vivia valores contrários aos meus o que me deixava angustiada, ansiosa, sem motivação intrínseca, etc. A sensação de vazio que muita gente experimenta na vida profissional, pessoal, etc, é na verdade um sinal de que os seus valores não estão a ser respeitados, a pessoa não está a viver de acordo com eles, e muitas vezes vive verdades de outras pessoas, aquilo que os outros acham que deve fazer, que é melhor, blá blá blá. 

Com isto dizer que, se neste momento não se sente completo, sente-se ansioso, sem motivação intrínseca, ou seja, aquele vazio, em alguma área da sua vida, provavelmente não esteja a respeitar algum dos seus valores principais. 

Mais uma coisa interessante que conhecer estes valores intrínsecos proporciona é o entendimento do outro (pelo menos a nossa postura perante o outro). Ao sabermos que cada um tem os seus valores, e que eles filtram a nossa percepção, fica mais fácil entender certas atitudes e não julgar os outros. Um preceito que gosto muito, apesar de ser controverso as vezes, é o que diz que "Não existe certo, nem errado". No fundo existe o certo e errado de cada um, de acordo com os seus princípios/valores intrínsecos, assim como seu sistema de crenças.

Espero que este post faça sentido para si, que o ajude a aprender um pouco mais sobre si mesmo. Que este conhecimento que aqui partilho possa ser útil para aumentar mais plenitude na sua vida!
Conte-me, de 0 a 10 quanto vive os seus valores neste momento?

Muita Paz, muita Luz, muito Amor

Namastê

Odetuska

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Como Lidar com a Inveja?


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Wow, faz algum tempo que não escrevo aqui no blog. Sem querer justificar mas já justificando...dei mais prioridade às outras redes sociais e acabei negligenciando esta via de comunicação. Também, não me sentia muito inspirada para escrever grandes textos.
Mas hoje veio a ideia de falar sobre a inveja, não sei porquê, mas provavelmente esta reflexão tem que chegar a alguém que precise muito. Talvez até seja eu mesma, quem sabe?

Não vou propriamente falar de inveja de forma didática, como sempre, os meus posts são reflexões que tenho, pontos de vista e experiência pessoal. São baseados em aprendizados que venho tendo ao longo da minha jornada de Autoconhecimento.

Para começar dizer que todos os sentimentos são válidos. No fundo não existem sentimentos negativos ou positivos, existem apenas sentimentos e todos tem a sua utilidade. Cabe a nós saber usá-los a nosso favor. Entretanto, para que possamos usufruir das vantagens que cada sentimento carrega, temos que estar conscientes da sua presença em nós, aceitá-los de forma compassiva e sem rótulos. Este acto de aceitar permite-nos ver com mais clareza e tomar acções mais conscientes e a nosso favor, criar harmonia e evoluir.

A inveja é talvez dos sentimentos considerados "negativos" que mais envergonha e cria revolta em quem o sente. Ninguém gosta de sentir inveja, "fica mal", "é maldoso", "dominíaco", então a tendência é fugir (entenda-se resistir) deste sentimento e não aproveitar todas as vantagens que ele carrega.

Quem nunca sentiu inveja? Infelizmente muita gente que sente não tem a coragem de admitir para si mesma, resiste ao sentimento e acaba alimentando-o. Alimentar um sentimento o torna forte, ou seja, faz com a sua essência dominante fique ainda mais pronunciada, o que leva a comportamentos congruentes com o mesmo. Pessoas que alimentam a inveja geralmente começam a criar pensamentos congruentes, que levam a acções destrutivas para si próprias e para os outros. Portanto, dar-se conta que se está a sentir inveja é o primeiro passo para lidar com ela de forma mais consciente.

É essencial entender que a inveja é um sentimento que merece ser sentido e acolhido como qualquer outro, mas nunca alimentado. A inveja carrega a mensagem de que também queremos o que o outro tem mas temos bloqueios que nos impedem de ter/ser/fazer. Quando se resiste começa a nascer a vontade de prejudicar o outro, o querer mal e amaldiçoar, etc. O problema é que ao fazermos isto, aquilo que queremos se afasta ainda mais, o que gera um ciclo vicioso de inveja. Além disso, ao alimentar a inveja baixamos muito a nossa vibração, para a zona de escassez e medo o que atrai mais situações similares e piora mais a situação. Conhece alguém que alimenta a inveja e é feliz? Eu não.

Entretanto, podemos aproveitar a inveja de forma positiva! Eis a boa notícia! A inveja pode ser transmutada em admiração, inspiração, o que nos estimula a tomar acções congruentes, que nos levam a obter o resultado que criou inveja ou ainda melhor.

Ao sentir inveja tome consciência, aceite a situação, respire fundo por pelo menos 1 minuto e poderá perguntar-se : "Também quero isto para mim?" "O que me impede de ter?" "o que posso fazer para também ter o mesmo resultado?"
Obterá respostas imediatas as quais poderá prestar atenção e depois começarão as justificações, ignore-as.


Eu criei o hábito de abençoar aquilo que quero para mim, ou seja, quando vejo alguém a vivenciar o que quero para mim, abençou, desejo do fundo do coração que essa pessoa tenha mais do mesmo. No início não foi  fácil, eu resistia muito ao sentimento e como consequência, sempre que me deparava com a mesma situação voltava a sentir inveja, e cada vez mais. Até que um dia eu disse "chega!", deixa-me estudar esta inveja, fiz o exercício das perguntas e desde então tenho usado como ferramenta de autoconhecimento e fonte de inspiração. A aceitação é a base de tudo (não a resignação).
No fundo somos todos um e a abundância que o outro vive também pode ser vivida por nós. Isto faz com que a inveja seja automaticamente direccionada para o lado bom, inspire a fazer mais, aprender mais para ter o mesmo resultado ou melhor. É aquilo que se costuma chamar de "ambição positiva". É uma forma de olhar para a inveja na perspectiva do Amor e não na escassez e medo.

Aproveite a inveja como ferramenta de autoconhecimento, assim como todos os outros sentimentos e emoções que vão aparecendo. Sinta-se inspirado sempre que a inveja bater a porta, aproveite este sentimento para descobrir mais sobre si mesmo, seus anseios e vontades. Aproveite a inveja para ir atrás dos seus sonhos com mais resiliência e motivação, afinal se o outro consegue, você também consegue! ;)

Espero que este post seja útil e faça sentido para si. Gostava de ouvir a sua opinião sobre o assunto, como lida com a inveja na sua vida?

Uma semana cheia de Paz, Luz e muito Amor.

Namastê

Odetuska



sábado, 26 de maio de 2018

O que realmente importa?



Andei sumida aqui do blog mas não me esqueci do meu compromisso. Infelizmente às vezes, por motivos de força maior, tenho que priorizar outras coisas. Mas o meu coração e carinho sempre estarão presentes aqui no Cantinho.

Esta pergunta: "O que realmente importa?" não saía da minha cabeça. Conheço pelo menos três livros que tem esta pergunta como título e muitos que tocam nela ao longo do texto. Realmente, afinal o que importa? A resposta da esmagadora maioria é "SER FELIZ". Sinceramente acho que ser feliz importa sim, mas acredito que o que nos faz verdadeiramente felizes é que é mais importante, aquilo que está por detrás. Então no meio da reflexão veio a vontade de ouvir uma música da Beyoncé que gosto muito: "I was here". Depois pensei, que tal partilhar no cantinho a minha reflexão sobre a letra desta música?  Acho que esta letra diz muito sobre aquilo que realmente importa para mim por isso decidi partilhar.

Todos nós temos um papel neste mundo e viemos para cumprir uma missão que nos foi destinada. Cada um de nós tem uma missão de vida, um sentido de vida, e muitas vezes essa missão vem em forma de chamamento. Esse chamamento varia de pessoa para pessoa, para uns pode ser a vontade de ensinar e depois se seguem, tornam-se excelentes professores, etc. E nem sempre o nosso chamamento implica títulos acadêmicos, muitas vezes não.... (ups). No caso da Beyoncé provavelmente foi a música, a dança e através delas, ela tem impactado o mundo de forma gigantesca.

A partir do momento que usamos a nossa missão em prol de servir os outros, passa a ser um propósito. A missão tem a ver connosco apenas mas o propósito tem a ver com o coletivo. A medida em que vivemos a nossa missão, o nosso chamamento e transformamo-lo num propósito de vida, é inevitável tomar acções que deixem a nossa marca no mundo, o famoso legado. Algo que ficará gravado na memória das pessoas (ou até mesmo na história!), algo que ajudará alguém, algo que servirá de motivação e inspiração. Temos vários cientístas, músicos, artistas plásticos,etc, que deixaram um legado gigantesco e intemporal no mundo só por terem ouvido o seu chamamento e terem tido a coragem de segui-lo. Fizeram a diferença e não eram mais inteligentes que nenhum de nós. Todos nascemos com as mesmas capacidades, só que uns desenvolvem ainda mais e outros atrofiam de tanto não usar. Contudo, não é necessário que o "legado" seja gigantesco, a seu propósito não precisa ser gigantesco. O que importa é que viva algo que realmente o deixa feliz e cria algum valor para o mundo.

Sendo assim, posso dizer que viver a vida em verdade, sem arrependimentos, fazendo a diferença positivamente na vida das pessoas é o que eu acho mais importante. Isto é expresso nas estrofes em que a Beyoncé diz:

I want to leave my footprints on the sand of time
Know there was something that, something that I left behind
When I leave this world, I'll leave no regrets
Leave something to remember, so they won't forget

I was here, I lived, I loved, I was here
I did, I've done, everything that I wanted
And it was more than I thought it would be
I will leave my mark, soul, everyone will know, I was here

I wanna say I lived each day, until I died
You know that I, been something in, somebody's life
The hearts I have touched
Will be the proof that I leave
That I made a difference
And this world will see


Mas também poderia olhar para estas estrofes como algo com um toque egóico, que demonstra o medo que o ego tem de desaparecer. Então, "tenho que fazer algo para se lembrarem de mim". Ok que é inevitável que as pessoas se lembrem de si se tiver um impacto muito importante nas suas vidas e isso é fantástico. O que me refiro é o motivo inicial. Não concordo que tenhamos que fazer algo para não sermos esquecidos. Não precisamos ter esse medo de sermos esquecidos... Que o medo do esquecimento não seja o catalizador das nossas acções, dos nossos feitos, mas sim a vontade de fazer a diferença positivamente, o resto é só comsequência.

Além disso, esta letra denota um pouco a necessidade de ter que se provar algo para os outros, o que também não acho que haja necessidade de fazer. Não temos que provar nada a ninguém e muitas vezes essa necessidade nos leva a muita frustração. Fica a parecer que quando fazemos algo é para mostrar aos outros que somos capazes de o fazer. Então eu pergunto? Afinal porque faz o que faz? Por si ou pelos outros?
Essa necessidade de provar algo também é expressa na estrofe que diz:

I just want them to know
That I gave my all, did my best
Brought someone some happiness
Left this world a little better just because, I was here

Contudo, de uma forma geral a letra está linda, parabéns a escritora Diane Eve Warren e a nossa magnífica Beyoncé que deu a sua voz e fez chegar ao mundo esta mensagem tão linda.

Realmente o que importa é viver uma vida verdadeira, autêntica, fazer a diferença positivamente na vida das pessoas, ser o motivo de alegria das pessoas, fonte de inspiração, motivação e aprendizado. Se cada um de nós fizer a sua parte o mundo poderá ser muito melhor. A mudança parte de nós e viver a nossa verdade respeitando sempre a verdade dos outros é o primeiro passo para esta grande mudança que todos queremos, um mundo com mais luz, mais amor, em paz e repleto de pessoas felizes!

Espero que esta reflexão tenha feito algum sentido para si. Dê a sua opinião sobre a letra também, gostava de saber qual é o seu ponto de vista. O que realmente importa para si?

Muita paz, muita luz, muito amor

Namastê

Odetuska

NOTA: O vídeo da música da Beyoncé AQUI

sábado, 5 de maio de 2018

Aquilo que fala pode estar a travar a sua vida (Expressões sabotadoras)


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Decidi falar sobre algumas expressões que as pessoas costumam usar muito e nem sequer se dão conta do quanto são deletérias!

Aviso que o post pode parecer um pouco "fora do normal", mas sugiro que leia com a mente aberta e receptiva. Uso estas dicas na minha vida, já ensinei a algumas pessoas e os resultados são mesmo fantásticos! Portanto, permita-se conhecer mais umas coisitas sobre a mente humana, sobre a vida...

Quero começar por explicar um pouco as duas "filosofias de vida" que regem a vida das pessoas. Eu chamo de filosofias de vida às duas perspectivas através das quais podemos viver a vida, direcionar nossos pensamentos, sentimentos e, consequentemente, as nossas acções. São elas a Escassez e a Abundância. A primeira é regida pelo Medo e a segunda é regida pelo Amor.

Os nomes já sugerem o seu significado. Viver na escassez é o mesmo que viver de fora para dentro, ou seja, a pessoa vai buscar no seu mundo externo aquilo que necessita, que sente falta em si. Quando vivemos na escassez vemo-nos incompletos e por isso, procuramos no mundo externo aquilo que achamos que nos irá completar.  Já viver na abundância é o mesmo que viver de dentro para fora, a pessoa encontra tudo o que necessita no seu mundo interior e manifesta no seu exterior. Quando vivemos na abundância sentimo-nos completos, temos consciência que nada externo tem o poder sobre nós, que vivemos num mundo de infinitas possibilidades, ilimitado e puro. O estado natural do Ser é a abundância. Portanto, todos nós somos seres completos, suficientes, abundantes, perfeitos na nossa imperfeição e únicos!

A maior parte das pessoas vive na escassez. São aquelas pessoas que dizem que serão felizes quando conseguirem isto ou aquilo, quando chegar aqui ou ali, estão constantemente a procura de mais e mais porque a falta está sempre presente. Pessoas que estão 100% na escassez nunca estão satisfeitas. Mas não se preocupe, é super natural estar na escassez num mundo onde a sociedade vive maioritariamente assim, mas podemos escolher ver as coisas de forma diferente e aos poucos a abundância começa a fazer parte de nós. A escassez é a manifestação de uma vida com base no ego. Ele é que separa as coisas, acha que as coisas vão acabar, acha que não vai dar certo, precisa de bens materias freneticamente por achar que só assim será feliz....e por aí vai. E obviamente que o padrão de pensamentos da maioria é de escassez, eu mesma já tive uma vida com um componente egóico significativo, mas abri-me para novos conhecimentos e hoje a minha vida é completamente diferente, as minhas crenças são completamente diferentes. Alegra-me saber que o mundo está a despertar para uma nova consciência e que mais pessoas estão a experimentar uma vida mais abundante e menos egóica, uma vida mais a base de amor, compaixão e menos a base do medo.

Também quero informar que está sempre a falar com Deus (Universo, o que preferir), gosto de ver as coisas assim (Rs). Mas cientificamente falando, de acordo com estudos na área da neurociência (mundo fantástico), tudo aquilo que diz está a ser gravado no seu subconsciente e se for constantemente repetido, a nossa mente subconsciente não tem outra alternativa se não concretizar. Boa e má notícia, porque se não soubermos usar este poder gigantesco, podemos manifestar na nossa vida algo que não queremos e muitas vezes isso acontece porque usamos as expressões erradas!

Outra coisa que vale a pena saber é que para o nosso subconsciente, não existe tempo cronológico, só existe o momento presente, também está cientificamente provado. Albert Einstein já dizia que o tempo era uma ilusão....mas ok, não irei por aqui.

Sendo assim, se estamos sempre a falar com Deus/Universo através do nosso subconsciente, e este só está no momento presente, então temos que falar com ele no presente e sem negação, porque também não consegue filtrar a negação. Se leu o livro O Segredo de Rhonda Byrne, existe uma passagem que ela diz algo como "...o Universo é como se fosse um velho que ouve mal, não consegue ouvir o Não que aparece nas frases e gosta de clareza". Esta ausência de filtro do "Não" pelo subconsciente é devido ao facto dele captar o sentimento que vem com os pensamentos e não apenas os pensamentos. Se dizemos por exemplo "Não quero ter medo", estamos concentrados no medo, e isso gera a emoção, e obviamente, o que transmitimos é "Quero ter medo".
Parece treta, mas se começar a prestar atenção ao padrão dos seus pensamentos e associa-los aos resultados virá que de treta não há nada aqui!

Mas ok, o objectivo deste post não era esse e portanto não me irei alongar mais. Mas achei pertinente falar um pouco sobre estes conceitos antes.

Pra começar dizer que todas as expressões sabotadoras tem a sua origem na escassez! Então acho que já deu pra perceber porque são sabotadoras. Estão a dizer ao subconsciente que falta algo e se vibrar em falta, terá mais falta o contrário é perfeitamente válido. Vamos a elas?

1. "Eu Espero que dê certo".
Não Espere que dê certo! Tenha a certeza. Quando diz que "espera" está a colocar a possibilidade de dar errado como uma certeza possível. Na verdade isto expressa um sentimento de dúvida. Lembre-se que o universo gosta de clareza e na dúvida, melhor não, né?

Substitua por: "Tenho a certeza que vai dar certo!" ou simplesmente "Vai dar certo", "Já está a dar certo".

2. "Um dia irei conseguir"
Com esta afirmação está a colocar o seu desejo no futuro e sem clareza nenhuma. Lembre-se que o Universo só conhece presente e quer clareza.

Substitua por : "Eu consigo.." ou "Vou conseguir..." ou até " Estou a conseguir"

3. " Vou tentar fazer..."
Não tente, faça!
Aqui podemos usar a mesma explicação do "Espero".

Substitua por: "Eu faço.." ou " Vou fazer.." ou ainda "Estou a fazer.."

4. "Eu tenho que ..."
Não tem que fazer nada, tudo na vida é uma questão de escolhas! Quando diz que tem que fazer algo traduz um sentimento de obrigação, coloca no mundo externo o poder sobre a sua vida, deixa de ser responsável por ela e isso leva muitas vezes a frustração. Você não tem que fazer nada, escolhe fazer. Agora, se usar a palavra certa não o agrada sugiro que mude de escolha ou reavalie.

Substitua por: "Eu escolho isto...", "Eu quero fazer isto..."

5. " Se eu tivesse isto ou aquilo...Se eu fosse isto ou aquilo...."
Estas expressões traduzem escassez. Lembre-se que é completo e tudo o que precisa já é! É um ser abundante, e vive num mundo de infinitas possibilidades. Portanto, não se dirija ao Universo desta forma.

Substistitua por: "Eu tenho..." "Eu sou..."

6. "Será que..."
Expressa dúvida, a interpretação é a mesma que o "Espero". Coloque certeza nessa frase, não Será...É!

7. "... Mas..."
Tudo o que vem depois do "mas" é o que fica gravado. Uma dica é usar o "mas" ao contrário.
Vou dar um exemplo: "Quero muito emagrecer mas tenho preguiça de ir ao ginásio". O que ficará gravado é " Tenho preguiça de ir ao ginásio".
O "mas" bloqueia tudo o que vem antes dele. Sendo assim, pode trocar por " Tenho preguiça de ir ao ginásio mas quero muito emagrecer". Aproveite o "Mas" de forma positiva. Ele pode ser um aliado se for bem usado.

Estas são algumas das expressões que podem estar a sabotá-lo, preste atenção a elas!
Espero que este post o ajude de alguma forma e que estes conceitos despertem o buscador que há em si!

Muita Paz, Muita Luz, Muito Amor.

Namastê

Odetuska

sábado, 28 de abril de 2018

O meu processo de perda de peso e DICAS!


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Decidi falar um pouco sobre o meu processo de perda de peso porque acredito que seja um tópico bastante abordado, principalmente no mundo das mulheres. Mundo onde o culto da beleza é bastante intenso. Mas desde já dizer que não existe fórmula mágica para perder peso. A única fórmula que existe é a força de vontade e acção!

Não sou nutricionista portanto este post não será técnico. Sou apenas uma médica curiosa  e quero partilhar o meu processo e algumas dicas que me ajudaram a conseguir perder peso isto porque acredito que a perda de peso está muito além da alimentação que adoptamos.

Em 2012 descobri que estava acima do meu peso ideal, com sobrepeso, pesava 80 kg e tenho 1.71m. não cheguei a ser obesa. Há pessoas que dizem que eu estava a exagerar, que nem estava assim tão mal, podia estar pior...O que as pessoas não entendiam era o que aqueles 15 kg a mais significavam para alguém que nunca teve que se preocupar com o peso, porque simplesmente sempre se considerou muito elegante, etc.

Lembro-me de uma frase que eu usava muito : "Na loja sempre existe roupa pra mim, tudo cai como uma luva". Realmente assim era, não tinha barriga, era magra e a roupa ficava muito bem em mim (aos meus olhos). Quando comecei a não encontrar roupa pra mim nas lojas, quando a roupa começou a ficar mal, aí vi que estava acima daquilo que era o meu padrão habitual e muitos amigos e familiares também notavam esse aumento de peso. Mas em vez de usar isso para melhorar, lutar para voltar ao normal, eu simplesmente rendi-me, fechei-me, culpei-me, enchi-me de sentimentos negativos, vergonha, etc. Isto porque no fundo eu achava muito difícil perder peso e criava muitos filmes e desculpas na minha cabeça. Criei um ciclo de vitimização, em que a minha autoestima começou a desaparecer. Aquela mulher confiante, que se achava a "última bolacha do pacote" desapareceu. Comecei a culpar a maternidade, o trabalho, isto e mais aquilo, comia, comia e comia, não fazia exercício nenhum. E como resultado, engordava ainda mais, cada dia ficava mais pra baixo, instalou-se um ciclo vicioso.

Só quando a minha mãe reclamou do meu peso é que decidi realmente fazer alguma coisa por mim, resgatar a minha autoestima. A minha mãe nunca reclamou do meu peso, ela nunca falava sobre o meu corpo, e aquela reclamação fez-me acordar, realmente não estava bem.  Decidi no dia 15.09.2012 que ia emagrecer. Comecei a investigar dietas para fazer, e em Outubro desse  ano comecei a dieta a 100% e fazia caminhadas diariamente.

Na altura decidi por fazer a Dieta porque queria emagrecer e voltar a ficar bonita como era antes. Queria que as pessoas voltassem a me achar bonita. Queria mostrar as pessoas que eu conseguia perder peso. Naquele momento isso é que me impulsionou , mas depois o processo transformou-se numa disputa minha, fui criando um mindset de lutadora mesmo, solidifiquei os meus objectivos e realmente consegui perder 18kg em aproximadamente 1 ano. A principal base da minha dieta foi lowcarb paleo primal.

O que me manteve com o meu peso ideal foi a minha vontade de mantê-lo, não pelos outros, mas porque eu gostava daquela versão em que me tinha transformado. Foi graças ao facto de ter transformado uma mera Dieta em Estilo de vida. Tenho mantido o peso que quero há 5 anos e estou muito feliz, grata e orgulhosa de mim mesma. Aprendi muito sobre mim durante este processo.

É óbvio que tive momentos difíceis, momentos em que pensei em desistir, mas consegui manter-me firme, porque aquela jornada era minha, foi um desafio que coloquei pra mim. Arranjei tempo para ir ao ginásio, para pensar em refeições saudáveis, tudo que me levasse a caminho do meu objectivo.

Quando comecei a dieta criei um diário da dieta e ia escrevendo tudo, os altos e baixos do processo. Há dias estive a ler esse diário e notei que eu escrevia também os dias em que comia fora da dieta, as semanas em que não emagrecia nada, as frases encorajadoras (e másinhas também) que dizia a mim mesma. Pude ver a evolução do meu mindset durante o processo. Fazer aquele diário, colocar aquelas metas, ajudou-me muito a criar resiliência e me manter no caminho.

Estaria a ser sureal se dissesse que emagrecer é fácil, não é. Exige muita força de vontade, há que querer de verdade e acreditar que é possível. Como tudo na vida, ter um propósito inabalável por detrás daquilo que queremos fazer é muito bom, porque nos impulsiona, faz-nos continuar em frente. Pergunte-se PORQUE QUER EMAGRECER?

Existem vários motivos pelos quais podemos querer emagrecer. Eu quis emagrecer por motivos estéticos que estavam a mexer com a minha autoestima, mas depois de emagrecer o que queria, mudei a minha perspectiva, transformei a minha dieta num estilo de vida porque quero ser saudável, quero poder ter uma vida saudável o máximo de tempo possível. Isso é o que me move, é o que me mantém no estilo de vida. Tem dias que saío da dieta normal, mas está tudo bem, é tudo uma questão de equilíbrio e balanço.

Não queira emagreçer pelos outros, emagreça por si! Emagreça se achar que quer emagrecer. E jamais use a desculpa de ser difícil, não ter tempo, não ter ideias, etc, etc. Não se engane. Procure ajuda profissional se for necessário. Eu não era propriamente uma mulher que gostasse de cozinhar, mas quando comecei a minha dieta vi-me a procurar receitas, a invetar, e muito entusiasmada. Ou seja, quando queremos algo, vamos atrás e conseguimos.

Minhas dicas:

  1. Pergunte-se porquê acha que tem que emagrecer? "Tem que" ou "quer" emagrecer?
  2. Acredite que consegue emagrecer, porque consegue. 
  3. Descubra o propósito inabalável que ancora esse "querer", algo que o ajude a se manter resiliente.
  4. Faça-o por si!
  5. Mãos a obra! Aproveite os recursos que tem (internet ;) ). Faça os seus planos e cumpra!
  6. Procure ajuda profissional caso ache necessário (Nutricionista, Personal trainer, psicólogo, ect)
  7. Tenha paciência e comemore cada grama que perder, porque merece! Também pode criar recompensas pessoais...etc.
  8. Se gostar da ideia, crie um diário! ;)
  9. Descomplique sempre e Emagreça! :)
Espero que este post o ajude de alguma forma. Lembre-se que já é completo, fantástico exactamente como é, que a decisão de perder peso seja consciente. Sinceramente pra mim o motivo mais consciente para alguém perder peso é a saúde. Mas longe de mim criar juízos de valor, faça o que achar melhor pra si sempre! E querer sentir-se mais bonita também é justo! :)


~
Esta sou Eu em 2012 e em 2017 ;)

Se precisar de Dicas técnicas básicas sobre a dieta que fiz (baseado na experiência que tenho), escreva aqui nos comentários ou comente na minha página do Facebook ! ;)

Muita Paz, Muita Luz e Muito Amor

 Namastê

Odetuska

NOTA: Dietas que fiz: Dukan (não recomendo); Atkins (pode ser); Low Carb (Recomendo a 100%); Lowcarb hight fat Paleo (recomendo a 100%). Existe lowcab vegetariano (para o caso de ser vegetariano ou vegan)!!! ;). Hoje o meu estilo de vida é mais Paleo/primal mesmo (70% do tempo, estou mais liberal ;P) e faço jejum intermitente há 3 anos.

LINKS DIETA PALEO LOWCARB: Este para evidência ciêntífica. Mas tem um monte na internet, isto é só um cheirinho :)

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Simpatia e Empatia


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Num destes dias apanhei-me a pensar o que seria mais importante entre simpatia e empatia. Ambos são bons, ambos implicam conexão, mas o que os diferencia?

É comum ouvirmos que alguém é muito simpático, ou nós mesmos recebermos esse elogio. Confesso que me sinto muito lisonjeada cada vez que alguém diz que sou simpática. Na verdade também acho que sou uma pessoa simpática. Mas existe outra coisa, muitas vezes confundida com simpatia que descobri recentemente que sempre tive mas achava que fazia parte do pacote da simpatia, a Empatia. Agora vamos reflectir um pouco mais nestes dois conceitos. 

A Simpatia é considerada um sentimento de afinidade, em que as pessoas sentem-se de certa forma atraídas ou identificam-se umas com as outras. É  uma tendência instintiva que leva a pessoa a estabelecer uma harmonia com o outro. Ou seja, quando achamos alguém simpático na verdade é porque nos sentimos bem com essa pesssoa, é agradável para nós. Ser simpático é ser amistoso, agradável, gentil e amável para com o outro. No entanto, podemos ser simpáticos mas não criarmos um ambiente de simpatia, porque para isso há necessidade do outro também ser simpático connosco, caso contrário a coisa não anda muito além e passa de ser simpático, para ser apenas educado, mas mesmo assim vale sempre a pena ser simpático. Muitas vezes a nossa simpatia até é contagiante (rs)! A geração de Simpatia funciona muito com análise e julgamento da situação, ou seja, tem base no intelecto e nenhuma das partes se coloca no lugar do outro.
Por outro lado, Empatia significa a capacidade de colocar-se no lugar do outro, sentir o que o outro sente, sem análises nem julgamentos, tem base na intuição e nas emoções. Ter empatia consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objectiva e racional o que o outro sente. Ou seja, durante todo o processo em que nos colocamos no lugar do outro estamos conscientes que não somos o outro (forma racional) mas sentimos exactamente aquilo que o outro sente (forma objectiva), há independência emocional. Sendo assim, a empatia permite que as pessoas se ajudem umas às outras, por isso está intimamente ligada ao altruísmo. Quando uma pessoa consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir. Portanto, a empatia pode ser considerada compaixão, são basicamente a mesma coisa.

Embora tanto a Simpatia, assim como a Empatia sejam sentimentos e estados bons, positivos e essenciais, são completamente diferentes e a empatia consegue ser muito maior na medida em que permite uma fusão mais emotiva, mais profunda e não apenas intelectual e superficial como a simpatia. Enquanto a simpatia indica uma vontade de estar na presença de outra pessoa e de agradá-la, a empatia faz brotar uma vontade de compreender e conhecer a outra pessoa.

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Durante a minha jornada no autoconhecimento e espiritualidade, fui ficando mais sensível a estes dois sentimentos, tanto que comecei a perceber melhor que eram diferentes. A medida que se evolui espiritualmente vai-se entrando mais em contacto com a Empatia. Vemos o quanto ela é essencial e assenta também no amor incondicional. É bom ser simpático, mas ser empático, compassivo, é óptimo, embora nem sempre seja agradável. Aqui reside uma diferença muito grande entre simpatia e empatia, na primeira é sempre agradável, na segunda muitas vezes é doloroso e até mesmo desconfortável. 

Acredito que precisamos dos dois, um nos permite criar ambientes agradáveis e harmoniosos e o outro nos permite entender os outros e poder ajudar de forma mais assertiva, nos conecta uns com os outros e desperta em nós emoções poderosas, além de aprendermos muito. É fantástico! 

Como médica uso os dois sempre e a minha realização é muito grande. Nada me deixa mais feliz que sentir que o meu sorriso e gentileza fez alguém sorrir. Simplesmente amo estar presente numa consulta a ouvir sem julgamentos, sem tirar conclusões e sentir que o paciente sente uma conexão emocional tão grande que o faz se abrir mais, ficar mais relaxado e com coragem para desabafar, e expressar tudo o que sente e depois sair revigorado da consulta, com mais esperança. Na verdade este é o meu estado desde sempre com todas as relações humanas que desenvolvo mas ultimamente, por estar mais consciente e presente no aqui e agora, consigo sentir os benefícios dele e vejo que era muito mais simpática que empática. A paz que sinto sendo empática e simpática é tão grande, a realização quando sinto que consegui ajudar alguém de alguma forma a sentir-se melhor....é simplesmente fantástica! 

O que mais cultiva na sua vida neste momento, simpatia ou empatia? Também achava que os dois eram a mesma coisa? A empatia é um conceito novo para si? Como se sente cada vez que os vivencia? Partilhe comigo as suas impressões sobre este assunto. 

Espero que este post o ajude de alguma forma, ou pelo menos o inspire a desenvolver estes dois sentimentos que são inatos, todos temos, só que nem todos usamos. Aproveito lembrar que a primeira pessoa que merece beneficiar deles é você mesmo! Seja empático e simpático consigo mesmo primeiro e depois verá que, por "difusão simples", o será para os outros.

Muita Paz, muita Luz e muito Amor

Namastê

Odetuska.


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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Dê sempre o seu melhor



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Hoje decidi reflectir um pouco sobre o nosso desempenho na vida. Porquê acho isto pertinente? Sinceramente, porque acredito que faz parte da base de uma vida bem sucedida. E isso é o que todos queremos né?

A nossa tendência é dar mais de nós por aquilo que nos interessa e não vejo mal nenhum nisso, muito pelo contrário, acho fantástico. Mas e aquilo que não nos interessa mas que tem que ser feito por algum motivo? Merece o nosso melhor ou não?

As vezes temos um sonho, mas precisamos angariar fundos e para tal somos obrigados a fazer um trabalho que não é aquele que nos agrada, mas é o único que temos no momento. O que a maioria faz? "Isto é temporário, só quero o salário", "não vou me gastar a trabalhar enquanto não é aquilo que quero", "Darei o meu melhor quando estiver a viver o meu sonho"; etc, etc. Já pensei assim várias vezes. Realmente não tem graça nenhuma estar a fazer algo que não se quer, mas se é algo que tem que ser feito, porquê não fazer bem feito? Porquê não dar o nosso melhor? Afinal de contas, se olharmos para a situação com olhos de ver, iremos descobrir que afinal o tal trabalho é importante, apesar de não ser o que queremos no momento, é o que precisamos. 

A atitude de dar sempre o nosso melhor é algo que molda a nossa mente, cria um mindset positivo, cria hábitos produtivos, disciplina. Aprendemos que é bom fazer as coisas da melhor maneira possível e nos comprometemos a fazer isso, primeiramente de forma consciente mas depois fica inconsciente e isso é fantástico! É isto que precisamos criar para conseguirmos seguir os nossos planos de forma proactiva e aproveitarmos a jornada da melhor maneira possível. Daí que, independentemente da situação, é a situação que se apresenta, portanto faz parte da nossa jornada, do nosso processo e merece a nossa atenção.

Se estivermos sempre focados naquilo que estivermos a fazer e nos comprometermos a dar sempre o nosso melhor, os resultados serão melhores, os avanços serão maiores, a aprendizagem valerá a pena, e isso aumenta muito a confiança, motivação e inspiração. 

Sinceramente acredito que tudo o que acontece na nossa vida tem uma razão de ser e é importante, por mais que as vezes não pareça e isso por si só é um motivo para que demos sempre o nosso melhor. 

Decidi fazer este post porque neste momento estou numa situação que não é propriamente algo que eu gosto muito. Então, comecei a primeira semana com um mindset negativo, sem muita vontade, meio perdida e os dias pareciam nunca acabar. Era super entedioso e a vontade de chegar a sexta-feira era enorme (mau sinal). Daí que decidi ver as coisas com olhos de ver e aproveitar o que de bom poderia colher ali, decidi dar o meu melhor, fazer mais do que aquilo que seria esperado de mim. O resultado, como deve imaginar,  foi maravilhoso. Além de criar um ambiente muito melhor, estou a aprender muito e todos os dias sinto-me motivada e inspirada. Já não me preocupo com a sexta-feira (óptimo sinal), todos os dias voltaram a ser dias especiais. 

O livro de Paulo Coelho, o Alquimista toca neste assunto de dar o melhor muito bem, de uma forma muito agradável. Não sei se já leu este livro, caso não tenha lido recomendo vivamente! 

Quando damos o nosso melhor nos sentimos mais confiantes e menos vulneráveis, pois sabemos que fizemos o melhor que podíamos. Habitue-se a dar o seu melhor sempre, torne isso um hábito e não se irá arrepende. Lembre-se que os seus comportamentos, os seus hábitos e o seu mindset de hoje, determinam aquilo que será amanhã. Sendo assim, esforce-se para que sejam congruentes com aquilo que deseja para a sua vida. Faça sempre mais do que aquilo que é expectável. Só assim poderá ter também resultados acima dos esperados e muito melhores.

Uma afirmação que uso todos os dias e repito vezes sem conta, sempre que me olho ao espelho é esta:


 "Dou Sempre o Meu Melhor em Tudo o que faço"

Acredite, estou a começar a acreditar nela e a viver de acordo com ela!

Espero que este post ajude de alguma forma. Partilho com muito carinho e porque também precisava ler o que escrevi (rs).

Muita Paz, muita Luz e muito Amor

Namastê

Odetuska

NOTA: O meu Instagram @mente_awake, onde falo sobre autoconhecimento, motivação, inpiração e espiritualidade. É o meu cantinho no Instagram. Espero por si! :)

sexta-feira, 30 de março de 2018

Aprenda a cuidar do seu Corpo



É mais uma sexta-feira linda e maravilhosa. Aqui cai uma chuva miúda acareciada por um vento charmoso. E cá estamos nós para reflectir um pouco sobre nós, sobre mais um aspecto da vida que considero importantíssimo.

Como costumo dizer, porque realmente acredito nisso, somos seres espirituais tendo uma experiência humana. Todos recebemos um corpo para viver, aquele que é o nosso "instrumento de trabalho", posso assim dizer. Nada poderíamos fazer se não tivessemos um corpo, na verdade, nem existiríamos nesta dimensão se assim fosse. Daí que é crucial cuidarmos da nossa "casa", do nosso "templo". Tem se dito que "o nosso corpo é o nosso templo" e concordo a 100% com esta afirmação. É no nosso corpo onde vivemos, onde encontramos o nosso espaço.

O nosso corpo é uma máquina incansável que trabalha para nós 24 horas por dia, com amor e muita dedicação. No entanto, como qualquer máquina, se não cuidarmos, não fizermos uma boa manutenção, ela começará a dar problemas. Ok que um dia vamos morrer, porque, assim como qualquer máquina, o nosso corpo tem prazo de validade também. O ponto é se aproveitamos a máquina da melhor maneira possível e se temos uma  máquina funcionante durante a maior parte do tempo que temos o previlégio de usá-la.

Vendo a coisa numa prespectiva  de casa, é a mesma coisa. Uma casa organizada, bem cuidada, com manutenção sempre em dia, aguenta-se mais tempo. Num ponto de vista mais espiritual o nosso corpo é o nosso templo sagrado, é através dele que temos acesso ao Ser Superior e vice e versa, o corpo é o nosso portal, imagina um portal danificado...

Já deu pra perceber o quão importante é o nosso corpo e porque temos que cuidar dele com muito carinho e amor. Infelizmente a maior parte das pessoas usa o próprio corpo como "saco de pancada", "saco de lixo", ou simplesmente não tem consciência da sua grandeza. no entanto, só com um corpo são é que podemos ter força para fazer as coisas e a sanidade do nosso corpo depende muito da sanidade da nossa mente.

Tudo o que comemos, fazemos, dizemos, pensamos, afecta o nosso corpo de uma forma gigantesca. É comum que indivíduos com baixa autoestima, deprimidos ou ansiosos, etc, tenham um corpo doente. Porque tudo é uma questão de congruência, o corpo acompanha o estado da mente. O nosso corpo é o nosso "termômetro" biológico, ele nos diz o que se passa na nossa mente e na nossa alma. Por isso  é essencial que ele esteja bem, saudável. Temos que estar muito conscientes e cuidar do nosso corpo da melhor maneira possível.

Pra mim existem 5 aspectos mais importantes para manter um corpo saudável:

1. Fique atento a sua dieta. Dê ao seu corpo alimentos de qualidade, com preferência para legumes, vegetais e frutas, mas também dê proteína e gordura saudável. Eu sou apologista do estilo de vida paleo primal e lowcarb high fat, mas você pode escolher o estilo de vida que mais se adequa ao seu jeito de ser, seus objectivos e crenças, desde que seja comida saudável.

2. Pratique exercícios, mexa o corpo. Qualquer tipo, uma simples caminhada é suficiente, usar as escadas mais vezes, etc. Eu pessoalmente ainda estou na busca de um plano de exercícios que seja sustentável para mim, já experimentei muita coisa (rs), então decidi usar mais escadas, caminhar mais vezes, dançar mais vezes e  por vezes faço yoga. Acho que o mais importante é encontrar um tipo de exercício que goste e que sinta que vale a pena fazer, de acordo com os seus objectivos, mas faça qualquer coisa até lá.

3. Relaxe! Faça coisas que o relaxam, que o façam sentir-se bem. Reserve um tempo do seu dia para isso.

4. Descanse! Não vou aqui falar de horas de sono, porque isso é muito relativo. Prefiro falar de sono de qualidade, que o permite acordar no dia seguinte bem disposto, cheio de energia para ir atrás dos seus objectivos e para ultrapassar qualquer desafio. Eu preciso de pelo menos 8 horas, mas meu marido precisa de apenas 6, por isso acho muito relativo.

5. Cuide da sua mente. Pra mim aqui entra a meditação. A meditação que mais gosto é o mindfulness, porque é a prática do estar presente, com atenção plena, não precisa de mantras, mudras, nada, apenas presença no aqui e agora. Com base nessa perspectiva, além de estar atento a própria respiração, estar alguns minutos a contemplar algo com presença, ou fazer qualquer coisa com atenção plena também é meditar. Pode-se meditar mesmo a jogar um videojogo! Desde que depois desse momento a pessoa se sinta em paz, serena, com energia, criatividade e motivação, está óptimo. Óbvio que isto não se aplica a redes sociais que muitas vezes só alimentam sentimentos negativos quando não sabemos filtrar as coisas que vemos.

Espero que a partir de hoje tome mais consciência do seu corpo e da importância gigantesca que ele tem para si e comece a cuidar melhor dele. Lembre-se que ele é o seu templo e que o seu bem estar mental repercute-se num corpo saudável.

Dito isto, espero que esta reflexão seja útil para si ou que dê novos insights sobre como cuidar do seu corpo e de si. Conte-me como tem cuidado do seu templo, partilhe a sua experiência.

Muita Paz, muita Luz e muito Amor

Namastê

Odetuska

NOTA: O meu Instagram @o.cantinho.da.odetuska, onde falo sobre autoconhecimento, motivação, inpiração e espiritualidade. É o meu cantinho no Instagram. Espero por si! :)






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sábado, 24 de março de 2018

Seja congruente


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Hoje  decidi reflectir um pouco sobre a importância da congruência na nossa vida.

Muitas vezes não conseguimos aquilo que planificamos porque simplesmente não estamos a agir de forma congruente. Por exemplo, as vezes queremos fazer exercício físico, mas no nosso subconsciente plantamos que somos pessoas preguiçosas, não há congruência aí. 

Tem que existir harmonia entre os nossos pensamentos, sentimentos e acções, entre a nossa mente consciente, subconsciente e a Mente Superior.  Deixa-me "descascar" um pouco isto. Nossa mente consciente é o nosso intelecto, a subconsciente é a que comanda os pensamentos, sentimentos, emoções e acções, é a mais importante e mais poderosa, é o nosso armazém de crenças e tudo o que gravamos é entendido como verdade, o que pode ser um problema caso não saibamos como funcionar com ela. Já a Mente Superior eu considero Deus, aquela que sabe o melhor pra nós e tem o poder de nos guiar pelo melhor caminho, mas temos que estar abertos para ouvi-la. As 3 mentes tem que funcionar em harmonia. 

Usando o exemplo do início do texto: a Mente superior sabe que o indivíduo precisa estar em boa forma para chegar onde tem que chegar, de acordo com aquilo a que foi destinado, a mente consciente dá ouvidos e começa a achar que precisa fazer exercício e decide fazer, mas a mente subconsciente  acredita que o indivíduo é preguiçoso e que acha que não tem capacidade de se exercitar ou que não merece estar em boa forma, etc. Resultado, por mais que a pessoa queira fazer exercício, ache que é importante, saiba que faz parte da sua missão de vida, etc, ela não faz, procrastina. Isto porque as nossas acções são coordenadas pelas crenças que temos gravadas no nosso subconsciente. Ele é o "boss".  Então qual seria a solução? 

Em primeiro lugar temos que identificar os nossos padrões e hábitos que não são congruentes com aquilo que planificamos e queremos e depois descobrimos o que está por detrás, ou seja, descobrimos as crenças escondidas e desfazêmo-las, trocando por novas crenças, contrárias. Aviso que não é um processo simples, principalmente porque muitos hábitos e comportamentos que temos já estão tão automatizados que é necessário um certo grau de presença para identificá-los. Mas tudo a seu tempo, o importante é começar. 

Desde que comecei a fazer um trabalho pessoal de "caçar" as minhas crenças limitantes, tenho descoberto vários hábitos meus que não são congruentes com aquilo que quero e idealizei pra mim. Então reflecto sobre que hábitos eu deveria adoptar que fossem congruentes e porque não os consigo adoptar. É um exercício muito bom. Estou no início, tenho muito que descodificar, muitas crenças por desfazer mas acredito que valerá a pena.

Lembre-se sempre que a nossa mente trabalha com congruência. Não podemos querer uma coisa e ter acções contrárias. Não acontecerá nada se não houver equilíbrio, alinhamento, congruência entre a mente consciente e a mente subconsciente. Ou seja, entre a mente que quer, idealiza e a mente que comanda os nossos hábitos e comportamentos.

Muitas vezes a nossa vida não vai pra frente porque nossas crenças nos limitam, e muitas delas nem nos damos conta e vão se expressando em nossos hábitos e comportamentos. Fique atento, veja se as suas acções são congruentes com aquilo que deseja. Tem que começar  hoje a ser a pessoa que quer ser amanhã.

Como sempre, espero que esta reflexão o ajude a entender um pouco mais a importância da congruência entre os nossos desejos/planos e as acções que tomamos , para que possamos manifestá-los na nossa vida. 

Muita Paz, Muito Amor, Muita Luz

Namastê

Odetuska

Nota: Visitem-me no instagram: @mente_awake. Espero por vocês! ;)

sexta-feira, 9 de março de 2018

O que está disposto a perder para ganhar aquilo que tanto quer?



Hoje fiquei com vontade de falar um pouco sobre este tema porque, são agora 23.04h e eu já estava prestes a arranjar uma desculpa e não fazer o post da 6a feira que me comprometi a fazer. Só para verem como a nossa mente é manhosa quando está com preguiça ou algo do género. Bem, o facto é que estou aqui e vamos reflectir um pouco juntos.

O que você está disposto a perder para ganhar aquilo que quer?

Muitas vezes temos sonhos, criamos metas e tal e na hora de por as coisas na prática, por as mãos a obra, vem uns bloqueios quando pensamos naquilo que podemos perder caso a gente siga em frente. Incrível que a primeira reacção é essa, o que irei perder. A nossa mente não gosta de perder, quer sempre ganhar algo. Então uma dica é, sempre que colocamos uma meta, etc, nos concentrarmos naquilo que iremos ganhar, nas sensações boas que daí advém, assim ficamos mais motivados a continuar.

Entretanto, ter consciência daquilo que podemos perder é crucial. Na verdade, sempre perdemos algo quando seguimos os nossos objectivos. Mas mais do que concentrar-se na perda é aceitar que aquela perda é necessária para termos os ganhos maravilhosos que queremos.

Muitas vezes somos obrigados a mudar hábitos, de modo a harmonizar mais com o nosso objectivo principal. Essa mudança de hábitos quase sempre é penosa no início, exige muita disciplina.

Quando eu decidi que queria perder peso tive que alterar muitos hábitos e eliminar outros tantos. Nessa altura, tinha a perder o gosto de comer doces (que amo) e outras guloseimas, o conforto de ficar sentada no sofá a ver televisão ou ao telemóvel nas redes sociais (que eram o meu vício na altura), porque tinha que ir fazer a corrida diária e muitas outras coisas mais, quem já teve que perder peso sabe muito bem como é. Mas os ganhos eram muito maiores para mim e por isso segui em frente. Mas sempre tive dias em que a tentação de desistir era maior mas aí eu concentrava-me nos ganhos, no corpo que idealizava para mim.

Hoje fiquei sem internet wifi o dia todo e como gosto de escrever os posts no computador já estava a querer deixar para amanhã e aquela famosa voz volta e meia: "não tem problema, amanhã fazes. Também nem é obrigatório". Mas fui mais forte e cá estou, a fazer o post e não cedi a tentação terrível de deixar para amanhã de manhã. O que perdi? Provavelmente já estaria a dormir a esta hora. O que ganhei? O poder sobre a minha mente! Ganhei a minha auto afirmação. Assim provei pra mim mesma que sou bem maior que os meus pensamentos e que quando me comprometo a fazer algo eu faço. Pra mim foi um ganho gigantesco!!! E para ter esse ganho, valeu a pena perder o que perdi!

Daí que é muito importante fazer-se esta pergunta. E avaliar se o seu objectivo é maior que as suas desculpas, se aquilo que tem a ganhar compensa perder aquilo que terá que perder, porque sempre irá perder algo.

Espero que esta reflexão seja útil de alguma forma para si.

Muita paz, muita luz, muito amor

Namastê

Odetuska

sexta-feira, 2 de março de 2018

Quem você seria se não tivesse medo? (Falando do Ego)



Hoje particularmente senti que devia fazer uma reflexão em volta do medo criado pelo nosso Ego. Não sei se já notaram, mas muitas das reflexões que faço são baseadas naquilo que estou a passar no momento ou passei recentemente. Às vezes sinto como se estivesse a ser guiada por algo e que escrevo aquilo que preciso ouvir ou curar. Às vezes escrevo sobre algo que sinto que alguém neste momento precisa ouvir ou ler. OK, sou meio mística às vezes, já desde muito tempo, mas confesso que agora que aceitei essa parte, tenho entendido melhor, tenho estado mais conectada, posso assim dizer.

Então vamos falar sobre o Medo criado pelo ego. Primeiro começar por falar de forma muito simplificada sobre o Ego. O Ego é aquilo que crescemos acreditando que somos, a nossa identidade na sociedade, a nossa personalidade, o nosso "instrumento de trabalho", pelo menos é o que ele deveria ser . Ele é dotado de muitas habilidades e sem ele não poderíamos ter esta experiência de vida humana. No entanto ele é regido pela nossa mente, podemos dizer que o Ego é a nossa mente. Afinal, a nossa mente é que absorveu os ensinamentos todos que foram os responsáveis por nos moldar ao ponto de criarmos a identidade que temos hoje. Mas por causa dessa identidade criamos medo. O medo de desaparecer, afinal, sabemos que este corpo vai embora um dia, assim como todo o pacote completo do Ego.

Porquê criamos esse medo?
A nossa mente foi programada para nos proteger e por causa disso, tudo aquilo que teme faz com que arranje maneira de criar pensamentos e emoções negativas em nós que nos criam Medo. A nossa mente funciona como um disco duro onde a informação é armazenada, daí que ela vive no passado e teme o futuro, quase nunca está presente. Como teme o futuro porque não o conhece, acaba tentando adivinhar o que poderá acontecer, cria filmes mentais, muitas das vezes negativos e estes são os percursores do medo que sentimos sempre que nos deparamos com um futuro incerto.

Para avaliar até que ponto a sua vida é baseada nos medos do Ego veja como reage às situações da vida: vive na escassez, concentrado naquilo que não tem? Resiste? Tenta se justificar sempre? Tenta defender-se sempre? Dá muita importância a opinião dos outros, precisa ser aceite por eles? Critica muito? É materialista? Quer sempre agradar ou ter poder? Compara-se muito? Acha-se superior ou inferior? Compete muito com os outros? São alguns exemplos. Se a maior parte das respostas for positiva não se Culpe, está tudo bem. A boa notícia é que podemos reverter essa situação a partir do momento em que nos conectarmos com aquilo que verdadeiramente somos. E não quer dizer que mesmo assim esses padrões desaparecerão de vez, volta e meia eles aparecerão, afinal o ego está em nós também. Mas nessas situações conseguiremos facilmente acordar e voltar ao equilíbrio.

Mas ok, depois de tudo que falei até parece que estou a pintar o Ego como o mau da fita. Nada estaria mais longe da verdade. Ele quer nos proteger apenas. Precisamos dele, caso contrário não poderíamos conviver em sociedade, precisamos de uma identidade nesta dimensão e o Ego está aqui para isso e é um instrumento maravilhoso quando usado com consciência e sabedoria que só o nosso verdadeiro Ser tem.

Há uma analogia muito interessante que li num livro do Osho: o Ego e o Coração (entenda-se Ser/Intuição) são como 2 pessoas, uma cega (o ego) e outra sem pernas (o coração), que precisam sair de uma situação de perigo. A cega não consegue ver o melhor caminho, vai na escuridão e muitas vezes a toa,mas consegue mover-se,  já a sem pernas consegue ver o melhor caminho mas não consegue mover-se até lá. Então elas decidem fazer um acordo, onde o cego iria carregar o sem pernas mas com excelente visão, assim este mostrava o caminho, o cego teria a tarefa de andar apenas e assim a viagem seria feita.

Uma vida em equilíbrio é exactamente isto, o Ego a trabalhar com o Coração, em sinergia e sabendo que quem sabe o melhor caminho é o coração, apesar de não conseguir andar sozinho. O nosso Coração não tem medo, é compassivo, não precisa de poder, não se compara a ninguém, e sabe o caminho que precisamos percorrer para ter a vida que realmente merecemos!

Espero que esta pequena reflexão faça algum sentido para si e o ajude a encarar os medos com outros olhos. Estou num processo profundo de mudança de crenças e visão de medos porque acredito que é importante. Acredito que muitos de nós não é aquilo que nasceu para ser por causa dos Medos criados pelo nosso Ego, por nos identificarmos muito com ele. Não somos o nosso Ego, somos muito mais que ele, somos gigantes com bastante potencial. Somos "pedaços"  (ou filhos, como preferir) de Deus, pequenas divindades tendo uma experiência humana e vivemos num mundo abundante e de infinitas possibilidades.

Depois disto tudo dito pergunte-se : Quem seria sem o medo do Ego? Seja verdadeiro na resposta e começe a trabalhar nela. :)

Engraçado que se fosse há 1 ano atrás eu não escreveria esta reflexão pois estaria cheia de medo de acharem que estou louca hahahahaha. Mas hoje escrevo porque é o que realmente acredito e tenho colhido os frutos desta mudança de crenças e paradigmas e acho que vale a pena partilhar para que mais pessoas despertem e se encontrem, se assim o desejarem.

Muita Paz, Muita Luz, Muito Amor.

Namastê

Odetuska

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Abrace a sua Vulnerabilidade


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Hoje fiquei com vontade de falar sobre a Vulnerabilidade. Primeiro porque acho um tema bastante importante para o nosso dia a dia, para a nossa vida social e profissional e segundo porque hoje tive um episódio em que me senti profundamente vulnerável e consegui dar a volta por cima.

Então o que é a vulnerabilidade? Fazendo uma definição linear, vulnerabilidade é a característica, particularidade ou estado que é vulnerável. Vulnerabilidade é sinónimo de fragilidade, delicadeza, insegurança. Quem gosta? (rs)


Sendo assim, ser vulnerável é ser fraco, frágil, inseguro. No fundo há uma verdade nisto, quando estamos vulnerávais estamos mais expostos, daí que pode ser mais fácil sermos magoados, mais facilmente podemos sentir algum tipo de dor. Portanto, ser vulnerável é algo que a maior parte das pessoas evita sempre que pode. Ninguém gosta de sentir dor, de sentir desconforto numa determinada situação. E por andarmos a evitar algo inevitável, acabamos vivendo no medo, na dor e no sofrimento.

Embora a gente não goste, estamos constantemente sujeitos a situações que implicam um maior ou menor grau de vulnerabilidade, e por vezes colocamo-nos noutras tantas que nos deixam ainda mais vulneráveis. Daí que é importante ter consciência que a vulnerabilidade faz parte de nós apesar de muitas vezes ser colocada no nosso lado sombra, adormecida compulsivamente. Contudo, ela é rebelde e o facto de fugirmos dela faz-nos não estar habituados a conviver com ela e como resultado, sempre que nos encontramos em situações que a afloram sentimo-nos muito desconfortáveis. Detestamo-la por isso e voltamos a isola-la, criando assim um ciclo vicioso.

Para evitar expor a sua vulnerabilidade muita gente cria capas, máscaras para que possa ser vista como forte e, de certa forma, perfeita. Mas não podemos negar algo que faz parte de nós. Uma maneira de saber como estamos em relação a nossa vulnerabilidade é ver como reagimos às críticas negativas que recebemos.
Hoje estive numa situação de vulnerabilidade no trabalho, estava muito insegura com algo que tinha feito, já a fazer filmes mentais sobre o assunto, a começar julgamentos estúpidos a meu respeito. Isto tudo só criava mais medo, mais insegurança e uma espécie de bloqueio negativo, energias negativas. Tentei concentrar-me, fiz algumas respirações e mentalizei que estava tudo bem, independentemente do resultado, se recebesse um raspanete também estava tudo bem (já colocava esta possibilidade), etc, etc, mas nada, era uma situação que eu não estava a conseguir acalmar. Como tanto idealizei o raspanete, lá recebi o raspanete, mas foi cordial, educado e teve a sua razão de ser, mas  mesmo assim a primeira coisa que me veio a cabeça foi defender-me (resistir). Tentei defender-me, ao mesmo tempo que me culpava por dentro. Senti-me profundamente desconfortável com a minha vulnerabilidade. 
Não estava a espera, achava que já estava mais madura nesse campo e hoje foi um teste. Estive talvez meia hora a remoer-me com o assunto, a criar defesas, ou seja a criar resistência a aquilo que era, mas de repente parei tudo, respirei fundo umas tantas vezes e me mentalizei que não tinha problema nenhum falhar, tinha feito o melhor que podia com aquilo que sabia, afinal estou a aprender e a pessoa que me deu o raspanete em nenhum momento foi rude ou mal educada, muito pelo contrário, foi muito carinhosa comigo. Mas como eu estava já com a energia para o negativo, no momento nem me dei conta disso. Depois dessa pequena reflexão senti-me muito melhor e feliz comigo mesma por ter conseguido aprender a lição que estava por detrás daquela situação. Aprendi que não vale a pena resistir por medo de destapar a vulnerabilidade que existe em mim e que faz parte de mim. Aprendi que não preciso estar sempre certa e que posso sempre aprender independentemente da situação. Lembrei-me que não preciso ser aceite por ninguém além de mim mesma. Não estou aqui para agradar os outros e sim a mim mesma. Fomos criados na perfeição e todas as imperfeições que identificamos em nós são necessárias para que sejamos esses Seres únicos e maravilhosos que somos.

Com esta lição de hoje  vi que no processo de auto-aceitação a aceitação da vulnerabilidade é das coisas que tem que estar no topo. Temos que nos sentir confortáveis com a nossa vulnerabilidade, pois ela é parte da nossa pureza. Aceitar essa nossa parte é um acto de coragem que nos liberta do medo que muitas vezes rege a nossa vida. Portanto, abrace completamente a sua vulnerabilidade, pois o que o torna vulnerável também o torna bonito, autêntico, único e perfeito na sua imperfeição.
E você, como lida com a sua vulnerabilidade?
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