sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Abrace a sua Vulnerabilidade


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Hoje fiquei com vontade de falar sobre a Vulnerabilidade. Primeiro porque acho um tema bastante importante para o nosso dia a dia, para a nossa vida social e profissional e segundo porque hoje tive um episódio em que me senti profundamente vulnerável e consegui dar a volta por cima.

Então o que é a vulnerabilidade? Fazendo uma definição linear, vulnerabilidade é a característica, particularidade ou estado que é vulnerável. Vulnerabilidade é sinónimo de fragilidade, delicadeza, insegurança. Quem gosta? (rs)


Sendo assim, ser vulnerável é ser fraco, frágil, inseguro. No fundo há uma verdade nisto, quando estamos vulnerávais estamos mais expostos, daí que pode ser mais fácil sermos magoados, mais facilmente podemos sentir algum tipo de dor. Portanto, ser vulnerável é algo que a maior parte das pessoas evita sempre que pode. Ninguém gosta de sentir dor, de sentir desconforto numa determinada situação. E por andarmos a evitar algo inevitável, acabamos vivendo no medo, na dor e no sofrimento.

Embora a gente não goste, estamos constantemente sujeitos a situações que implicam um maior ou menor grau de vulnerabilidade, e por vezes colocamo-nos noutras tantas que nos deixam ainda mais vulneráveis. Daí que é importante ter consciência que a vulnerabilidade faz parte de nós apesar de muitas vezes ser colocada no nosso lado sombra, adormecida compulsivamente. Contudo, ela é rebelde e o facto de fugirmos dela faz-nos não estar habituados a conviver com ela e como resultado, sempre que nos encontramos em situações que a afloram sentimo-nos muito desconfortáveis. Detestamo-la por isso e voltamos a isola-la, criando assim um ciclo vicioso.

Para evitar expor a sua vulnerabilidade muita gente cria capas, máscaras para que possa ser vista como forte e, de certa forma, perfeita. Mas não podemos negar algo que faz parte de nós. Uma maneira de saber como estamos em relação a nossa vulnerabilidade é ver como reagimos às críticas negativas que recebemos.
Hoje estive numa situação de vulnerabilidade no trabalho, estava muito insegura com algo que tinha feito, já a fazer filmes mentais sobre o assunto, a começar julgamentos estúpidos a meu respeito. Isto tudo só criava mais medo, mais insegurança e uma espécie de bloqueio negativo, energias negativas. Tentei concentrar-me, fiz algumas respirações e mentalizei que estava tudo bem, independentemente do resultado, se recebesse um raspanete também estava tudo bem (já colocava esta possibilidade), etc, etc, mas nada, era uma situação que eu não estava a conseguir acalmar. Como tanto idealizei o raspanete, lá recebi o raspanete, mas foi cordial, educado e teve a sua razão de ser, mas  mesmo assim a primeira coisa que me veio a cabeça foi defender-me (resistir). Tentei defender-me, ao mesmo tempo que me culpava por dentro. Senti-me profundamente desconfortável com a minha vulnerabilidade. 
Não estava a espera, achava que já estava mais madura nesse campo e hoje foi um teste. Estive talvez meia hora a remoer-me com o assunto, a criar defesas, ou seja a criar resistência a aquilo que era, mas de repente parei tudo, respirei fundo umas tantas vezes e me mentalizei que não tinha problema nenhum falhar, tinha feito o melhor que podia com aquilo que sabia, afinal estou a aprender e a pessoa que me deu o raspanete em nenhum momento foi rude ou mal educada, muito pelo contrário, foi muito carinhosa comigo. Mas como eu estava já com a energia para o negativo, no momento nem me dei conta disso. Depois dessa pequena reflexão senti-me muito melhor e feliz comigo mesma por ter conseguido aprender a lição que estava por detrás daquela situação. Aprendi que não vale a pena resistir por medo de destapar a vulnerabilidade que existe em mim e que faz parte de mim. Aprendi que não preciso estar sempre certa e que posso sempre aprender independentemente da situação. Lembrei-me que não preciso ser aceite por ninguém além de mim mesma. Não estou aqui para agradar os outros e sim a mim mesma. Fomos criados na perfeição e todas as imperfeições que identificamos em nós são necessárias para que sejamos esses Seres únicos e maravilhosos que somos.

Com esta lição de hoje  vi que no processo de auto-aceitação a aceitação da vulnerabilidade é das coisas que tem que estar no topo. Temos que nos sentir confortáveis com a nossa vulnerabilidade, pois ela é parte da nossa pureza. Aceitar essa nossa parte é um acto de coragem que nos liberta do medo que muitas vezes rege a nossa vida. Portanto, abrace completamente a sua vulnerabilidade, pois o que o torna vulnerável também o torna bonito, autêntico, único e perfeito na sua imperfeição.
E você, como lida com a sua vulnerabilidade?
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